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Channel: Beijing (Pequim) – TheHotelWife
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China: roteiro de viagem

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Viajar (por conta própria) pela China definitivamente não é um bicho de sete cabeças. E olha que eu e o Will saímos do “circuito turístico” (pegamos até ônibus pinga-pinga). Há muita informação disponível Google adentro (ninguém precisa chegar lá desprevenido) e a oferta de hotéis, voos e trens é enorme. Para suprir a demanda interna, precisa ser enorme mesmo…

O maior desafio foi escolher quais cidades visitaríamos. A China é territorialmente enorme, tem um patrimônio histórico, cultural e natural riquíssimo.

Muito além de Shanghai, Beijing e Xi’an (e as regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau), há dezenas de cidades interessantíssimas e paisagens deslumbrantes pra ver.

mapChina

Não foi fácil cortar lugares como Tibet (um dos meus grandes sonhos de viagem!), Monte Huashan e Jiuzhaigou, mas não dá pra ter tudo, né? Então fiquei bem satisfeita com o roteiro final: uma mistura de China milenar, China ultramoderna e um pouco de natureza.

Como eu estava morando em Shanghai, meu roteiro foi “quebrado”. Mas você pode usá-lo como base para personalizar o seu, de acordo com o número de dias disponíveis.

BEIJING – 4 dias

muralha da china

O inverno é muito mais rigoroso no norte (em novembro as temperaturas despencam), então começamos com Beijing (Pequim). Passamos quatro dias inteiros na capital (dois finais de semana seguidos) e tivemos tempo suficiente para ver palácios, jardins, templos, provar comidas estranhas nos mercados noturnos e fazer um trekking espetacular pela Grande Muralha.

XI’AN – 2 dias e CHENGDU – 3 dias

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No terceiro fim de semana o Will pediu um day off e fomos a Xi’an e Chengdu, cidades completamente diferentes, situadas em províncias diferentes (Xi’an fica em Shaanxi e Chengdu em Sichuan), mas precisávamos otimizar o tempo e os preços dos voos combinados eram tentadores.

Em tese, um dia inteiro em Xi’an é suficiente se você acordar bem cedo (para chegar aos pavilhões dos Guerreiros de Terracota antes da abertura dos portões). Eu também tinha planejado percorrer a City Wall de bicicleta e visitar a mesquita, os pagodas e o mercado. Mas a poluição de Xi’an me fez muito mal (leve isso em consideração se for à China no inverno). Comecei a tossir assim que pisei no aeroporto e não tinha condições de pedalar respirando aquela fumaça fedida. Eu já estava bem contente por ter visto os guerreiros, então fiquei no hotel, debaixo das cobertas, à base de chá e Vick VapoRub.

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Felizmente cheguei em Chengdu quase recuperada e pude aproveitar a cidade. Engana-se (eu me enganei) quem pensa que a cidade se resume aos pandas. Sim, eles são encantadores e atraem milhões de turistas com tamanha fofura, mas Chengdu tem muito mais a oferecer. Se um dia eu tiver chance de voltar, passarei três dias inteiros em Chengdu. Foi uma pena não ter visitado o Buda Gigante de Leshan, não ter passado horas e horas percorrendo flanando pelas ruazinhas e provando alguns dos melhores pratos da China.

GUILIN – 3 dias

china23No quarto fim de semana fomos a Guilin, na província de Guangxi.

Guilin serve de base para visitar alguns dos terraços de arroz mais bonitos do mundo e uma das paisagens mais famosas da China (estampada na nota de 20 yuans): as formações rochosas do rio Lijiang. Como as distâncias do centro de Guilin até Yangshuo e Longsheng são longas (em média 2h de carro), eu programaria três dias. Quatro para pernoitar nas montanhas.

HUZHOU – 2 dias

Também fomos a Huzhou, especialmente para conhecer o impressionante Sheraton Huzhou (o hotel “donut”), viajar de trem na China e ter uma amostrinha da vida no interior. Eu incluiria um passeio em alguma “water town” da região, como Wuzhen ou Zhouzhuang.

SHANGHAI – 3 ou 4 dias

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Shanghai não entrou no roteiro propriamente dito porque foi minha “casa” durante 8 semanas. E eu sei que sou suspeita pra falar, mas a cidade é fantástica! Talvez o melhor lugar para começar a viagem, por ser mais cosmopolita que Beijing.

Em dois dias você vê os pontos turísticos (não são muitos), em três ou quatro uma outra Shanghai começa a dar as caras: no ritmo frenético, no metrô na hora do rush, ao tomar uns drinks em Xintiandi, ao jantar nos restaurantes do Bund, ao passear sem pressa na Nanjing Lu.

Se não fosse a poluição (em novembro e dezembro de 2013 os níveis de poluição bateram todos os recordes – desde que o mundo é mundo), eu faria campanha para passarmos uns 2 ou 3 anos em Shanghai.

É difícil descrever a experiência de morar lá. Me diverti muito com a quantidade absurda de gente por todos os cantos, com as “porquices”, com as dificuldades para me comunicar. Tomei muita sopa de noodles usando hashi e fazendo barulho, fui esmagada no metrô lotado, defendi (com garra) meu lugar na fila, me perdi… E ri muito de mim mesma! Só tenho boas lembranças e faço propaganda pra todo mundo.

TAIPEI – 3 dias

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No último fim de semana o destino foi Taipei, em Taiwan, para comemorar o aniversário do Will. Vai soar meio preconceituoso, mas eu vou dizer mesmo assim: Taiwan é a China (que não é China) educada. Eu gostei demais!

HONG KONG – 3 dias e MACAU – 1 dia

Visitamos Hong Kong e Macau em outras oportunidades. Com base na minha experiência, HK pede no mínimo 3 dias e Macau (com foco nos pontos turísticos – supondo que você não vai jogar) pede 1 dia inteiro.

Bônus: VISTOS

– China (continental) e Taiwan exigem visto de brasileiros. Nós processamos nossos vistos na Embaixada no Rio e no Escritório Econômico de Taipei em São Paulo, respectivamente. Tudo muito simples e rápido.

– As regiões administrativas requerem apenas um passaporte válido por no mínimo 6 meses e um comprovante (print) da passagem de volta.

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